Fábio Witt Jagnow: aluno da Universidade de Ribeirão Preto, está no último ano do curso de Sistemas de Informação Computadores da “California State University” em Chico

Entrevista:

Conheça Alunos do Programa Brasileiro de Mobilidade Científica

Através do Programa Brasileiro de Mobilidade Científica, milhares dos estudantes brasileiros mais brilhantes nos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês) têm a oportunidade de estudar em algumas das melhores universidades do mundo. Os recipientes das bolsas passam um ano de estudo no exterior mas concluem seus cursos nas instituições brasileiras. Os Estados Unidos atualmente estão recebendo aproximadamente 2.000 alunos do Programa Brasileiro de Mobilidade Científica.

Fábio Witt Jagnow, aluno da Universidade de Ribeirão Preto, está no último ano do curso de Sistemas de Informação Computadores da “California State University” em Chico.

Por que você decidiu candidatar-se ao Programa Brasileiro de Mobilidade Científica para vir aos EUA?

Só vi vantagens em me candidatar ao programa. Era uma oportunidade que, se eu fosse fazer com os meus próprios recursos, levaria muito tempo para realizá-la. Escolhi os EUA porque terei a oportunidade de melhorar o meu inglês e também terei a chance de conhecer a cultura, que é bem diferente da brasileira.

O Programa Brasileiro de Mobilidade. Científica coloca estudantes em universidades. Em que universidade você foi colocada?

A primeira vez que ouvi falar do programa foi em minha universidade no Brasil. Fui um dos primeiros alunos a candidatar-se. O objetivo do programa é escolher os melhores estudantes das universidades de todo o Brasil e dar uma bolsa de estudo integral para [estudar em um] país estrangeiro.

Como o programa era novo, não tínhamos como confirmar se realmente valia a pena; tínhamos que acreditar que seria uma boa experiência para nós. E não me arrependo nem um pouco. Na minha opinião, Chico é uma ótima cidade para estudantes internacionais. As pessoas aqui são muito abertas e parece que adoram dividir suas experiências com outros. Chico não é uma cidade grande, e isso facilita conhecê-la; e posso ir a praticamente qualquer lugar de bicicleta.

O que é que você mais gosta?

Definitivamente eu diria que as pessoas de Chico. Um vez, viajei e visitei outros lugares aqui dos EUA, e na maioria desses lugares as pessoas eram menos acolhedoras, mais frias, por assim dizer. Mas em alguns lugares na Califórnia as pessoas se comportam de um jeito muito parecido com o pessoal daqui de Chico.

Qual foi sua maior surpresa?

A minha maior surpresa foi a quantidade de trabalhos escolares. Aqui nos EUA você tem muita lição de casa para fazer. E quando eu digo muita, é realmente muita (comparado com o curso em meu país). Na minha opinião, isso é muito bom porque nos obriga estar em contato com a matéria fora da sala de aula. No começo isso pode parecer muito intenso mas, conforme passa o tempo, a gente vai se acostumando.

... sua maior decepção?

Uma coisa que não gostei foi o seguinte: aqui nos EUA temos que comprar todos os livros pedidos pelos professores. Algumas vezes não é possível encontrar livros usados que seriam mais baratos e a gente economizaria um pouco, e é assim que deveria funcionar. Mas alguns professores escrevem seus próprios livros e nos "forçam" a comprá-los todo semestre.

Qual é a relevância dos seus estudos nos EUA e do programa Programa Brasileiro de Mobilidade Científica para as suas metas pessoais e para as necessidades do seu país?

Quero fazer algo que ajude meu país, e para fazer isso quero abrir a minha própria empresa. Este programa está me ajudando a alargar meus horizontes, a ver como as coisas são feitas em um país desenvolvido e como as pessoas lidam com todas essas coisas diferentes. Espero ter a oportunidade de levar todo esse conhecimento que adquiri aqui e usá-lo no Brasil.

Viajar para o exterior era uma das minhas metas pessoais, era um sonho que tornou-se realidade, mas em alguns momentos, ainda parece um sonho. Com certeza eu recomendaria este programa para outras pessoas.